Tantas emoções... nem sei por onde começar...
Bem, começo dizendo que pela terceira vez recebi a bênção de me tornar mãe e pela segunda vez tive a oportunidade de viver plenamente a maternidade em mais um parto natural e domiciliar.
Em 23 de junho de 2013 as 09:20 de um lindo domingo nasceu meu filho Abner, naturalmente, apenas com a presença e apoio do papai e dos manos, ansiosos e muito felizes esperando pela chegada do bebê, como carinhosamente apelidamos ele.
Pesando 3,400kg e 49cm, chegou como um furacão em um trabalho de parto muito rápido, nascimento à jato como eu costumo dizer brincando.
Lindo, saudável e cheio de vida.
"Oi Amor. Bem Vindo ao mundo meu filho."
"cabeludo... igual aos manos" lembro de ter dito esta frase também... rindo muito, segurando ele no colo segundos após ter nascido...
Eu dizia para o meu marido que desta vez eu mesma iria receber nosso filho com minhas próprias mãos e assim foi, ele me deu todo apoio ficando ao meu lado, mas fiz tudo sozinha, segurei meu filho e abracei com todo meu amor e enchi ele de beijinhos.
Minha decisão desde que descobri que estava grávida era dar a luz sem ninguém para atrapalhar o meu momento, foi tudo tão rápido que mesmo que eu quisesse não teria dado tempo de chegar a um hospital, confirmando que o nascimento do Abner era para ser do jeitinho que foi: domiciliar e cercado de amor, sem stress, sem pessoas estranhas agindo como robôs me tratando como idiota e sem inteligência informação e vontade própria.
Nascer é natural gente e não uma cirurgia pré agendada ou um conjunto de procedimentos padrão aplicados a todas as mulheres que entram em um hospital havendo ou não a necessidade de tais procedimentos.
Se as mulheres recebessem assistência real e de qualidade dos obstetras, recebendo todas as informações de tudo o que acontecerá durante o trabalho de parto e é claro também fizessem sua parte, se preparando fisicamente e psicologicamente, milhares de mulheres teriam a oportunidade de vivenciar este momento de maneira positiva e ele se tornaria inesquecível não pelo sofrimento, dor, vergonha, e maus tratos padrão, mas sim pela vitória de dar a luz com seu próprio corpo e com suas próprias forças, passando pela dor e ultrapassando seus limites, renascendo em uma nova Mulher.
Agora falando do trabalho de parto, pela 1º vez tive um neném de inverno, o Abner nasceu em edredons e cobertores com um aquecedor ligado direto durante todo o trabalho de parto, e dou graças somente à DEUSA ter sido tudo tão rápido, menos de 2hs.
Agora falando do trabalho de parto, pela 1º vez tive um neném de inverno, o Abner nasceu em edredons e cobertores com um aquecedor ligado direto durante todo o trabalho de parto, e dou graças somente à DEUSA ter sido tudo tão rápido, menos de 2hs.
O frio era horrível e eu estava bem enroupada e com toda a liberdade pra me mover e realizar os exercícios que facilitariam a saída do bebê, e em minha memória ficou registrado o pensamento do quanto deve ser péssimo um trabalho de parto no inverno em um hospital. Em maternidades particulares e com atendimento comercial através de plano de saúde caro até dá pra ter um trabalho de parto diferenciado, mas pra quem tem planos comuns ou pior, tem que utilizar o SUS o sofrimento é cruel, com raríssimas exceções entre os milhares de nascimentos anuais no Brasil.
Eu decidi viver meu momento diferente do padrão terrível que foi normalizado.
Assumi a responsabilidade por tudo e por todo o processo.
Fui vitoriosa mais uma vez e não foi sorte não, foi preparação.
A natureza agindo como sempre age a milhares de anos desde o início da existência da humanidade e como continuará agindo até o fim dos tempos.
Depois da mamãe foi a vez do papai e dos manos darem muito carinho ao bebê e fez um chorinho e em seguida parou ouvindo pela primeira vez fora do barrigão as vozes que tanto ouviu quando estava lá dentro.
Foram minutos de um amor intenso e uma energia inexplicável.
Os olhinhos do Enzo brilhando de alegria dizendo "oi bebê"... os olhos com lágrimas de emoção do Ian dizendo "bem vindo maninho"... emocionante demais!
Um momento que guardarei pra sempre e sempre por toda a minha vida, receber o carinho dos meus filhos, vivendo mais um nascimento natural.
Quando ganhei o Enzo, em 2011 também em um parto natural e domiciliar, muitas pessoas me criticaram, dizendo que eu era louca em não ter assistência medica, mas eu busquei sim por um profissional e não encontrei nenhum. Mais uma vez busquei e não encontrei.
Então, ainda mais bem informada e empoderada, assumi meu protagonismo em mais um grande momento da minha vida.
Não me arrependo de nada, tudo ocorreu naturalmente e o bebê nasceu no momento em que estava pronto e não foi tirado de mim antes da hora por conveniência nem familiar nem médica. Tive meu filho sem obstetra, sem enfermeira, sem hospital, sem anestesia, sem epsiotomia, sem soro, sem tricotomia, sem enema, sem ter que ficar forçada na posição anti-natural que colocam as gestantes na hora do parto.
Dei à luz na posição em que me senti mais confortável, de cócoras, utilizando a força da gravidade aliada à minha. Foram apenas duas contrações para que o Abner nascesse, uma para a cabeça toda até o pescoço e outra para o corpo.
Dei à luz na posição em que me senti mais confortável, de cócoras, utilizando a força da gravidade aliada à minha. Foram apenas duas contrações para que o Abner nascesse, uma para a cabeça toda até o pescoço e outra para o corpo.
Se doeu? sim, claro, a dor natural e suportável, se não eu não estaria aqui agora escrevendo este texto. O parto não mata, o que mata é o péssimo atendimento prestado na assistência ao parto atualmente.
Obstetras não sabem dar assistência a partos normais e muito menos aos naturais.
Raras são as situações em que uma mulher não pode dar à luz naturalmente se assim quisesse. A maior parte das complicações é causada pela utilização de procedimentos padrão e desnecessários, junto com a falta de preparação das mulheres tanto fisicamente quanto emocionalmente para vivenciarem o nascimento como algo maravilhoso e transformador.
Mais uma vez provei a mim mesma e a todos a minha volta que o nascimento é sim um acontecimento fisiológico natural, um acontecimento social e familiar maravilhoso quando vivido da maneira correta.
Nascer é natural. Bebês nascem quando estão prontos para virem ao mundo e "não passam do tempo" como o povo costuma dizer por aí. Toda mulher entra em trabalho de parto sim e não há necessidade de indução para algo que acontece naturalmente no momento certo, quando a natureza entra em ação fazendo com que aconteça a maravilhosa sinfonia da vida.
Este post é apenas uma pequena parte da grande experiência que vivi dando à luz novamente e mais um menino, pretendo continuar compartilhando minhas memórias e em breve mais fotos e mais informações sobre o nascimento natural e domiciliar.
Para encerrar compartilho algumas imagens que mostram e comprovam a naturalidade de todo o processo e que mostram toda a nossa alegria em receber o Abner neste mundo.
Agradeço de coração pelo carinho de todas as minhas alunas que esperaram pelo meu bebê junto comigo a cada aula, inclusive a última foi no sábado de manhã e no domingo de manhã meu filhote nasceu.
Obrigado pelo carinho dos amigos e familiares que nos apoiaram também.
Muitíssimo obrigado a minha prima Quéli que foi a primeira visita que o bebê recebeu e que nos deu uma grande força e energia positiva, pois desta vez como foi um nascimento extra rápido não consegui sair pulando de alegria caminhando pra lá e para cá como na outra vez, tive que descansar mais, mas sempre alerta e participando de todos os cuidados que meu bebê lindo recebeu.
Gratidão à DEUSA, grande mãe, por poder conceber e gerar m ais uma vida, obrigado por dar a luz a mais um ser iluminado que veio ao mundo com certeza para fazer a diferença
Este post é apenas uma pequena parte da grande experiência que vivi dando à luz novamente e mais um menino, pretendo continuar compartilhando minhas memórias e em breve mais fotos e mais informações sobre o nascimento natural e domiciliar.
Para encerrar compartilho algumas imagens que mostram e comprovam a naturalidade de todo o processo e que mostram toda a nossa alegria em receber o Abner neste mundo.
Agradeço de coração pelo carinho de todas as minhas alunas que esperaram pelo meu bebê junto comigo a cada aula, inclusive a última foi no sábado de manhã e no domingo de manhã meu filhote nasceu.
Obrigado pelo carinho dos amigos e familiares que nos apoiaram também.
Muitíssimo obrigado a minha prima Quéli que foi a primeira visita que o bebê recebeu e que nos deu uma grande força e energia positiva, pois desta vez como foi um nascimento extra rápido não consegui sair pulando de alegria caminhando pra lá e para cá como na outra vez, tive que descansar mais, mas sempre alerta e participando de todos os cuidados que meu bebê lindo recebeu.
Gratidão à DEUSA, grande mãe, por poder conceber e gerar m ais uma vida, obrigado por dar a luz a mais um ser iluminado que veio ao mundo com certeza para fazer a diferença
Abner Borges Sampaio
Nascido dia 23/06/2013 em um lindo e rápido parto natural e domiciliar.
Abner recebendo a boas vindas dos maninhos Ian de 9 anos e Enzo de 2 anos.
Abner mamando já poucos minutos depois de nascido sem desgrudar um minuto da mamãe.
Primeiro banho, registrado pelo mano Ian e dado pela prima Queli.
O banho não foi dado imediatamente após o nascimento não, pois ao contrário do que vemos em hospitais se o bebê for bem lavadinho após nascer não fica com cheiro ruim algum, muito pelo contrário, ele tem um cheirinho maravilhoso que não esquecerei jamais.
Descanso depois de tantas emoções...
Beijinho duplo.
Dormindo com o maninho Enzo.
Alegria Total.
Família Borges Sampaio em festa.
O Abner chegou.
:)
Nascer é Natural.
Link para ler o relato do nascimento do Enzo:
http://janahinaborges.blogspot.com.br/2011/03/o-parto-do-enzo-natural-e-em-casa.html#uds-search-results
Lindo relato, Jana!!! Linda experiência!
ResponderExcluirQue sua família seja sempre abençoada e sua escolha sempre respeitada. Que ela sirva de exemplo para que muitas mulheres se empoderem e protagonizem seus partos.
Mais uma vez parabéns!
Um beijo.
Que lindo ! Querida, fiquei com lágrimas nos olhos, vc disse tudo ! Seu relato é importantíssimo para as mulheres de todo o mundo , vou compartilhar no meu site ok? Fui Enfermeira de UTI Neo Natal e sala de parto por quase 10 anos e sei bem o que fala, pois sempre fiz o possível para humanizar meus atendimentos, mas sei tb como é difícil querer fazer diferente do sistema e por isso, estou fora do hospital, enfrentando a difícil, mas não impossível batalha de viver fora do sistema de doença em que nos inserem sem nossa permissão. Bjks e muita saúde para esta linda família :D
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